sábado, 4 de maio de 2024

 

A MESMA PORTA

                       


Francisco Miguel de Moura

        Poeta brasileiro

 

Como estrelas no céu, eu pisco alegre

a abóbada celeste do meu teto;

brinco de luas, tal qual um arquiteto

 em poemas...  Eis tudo que me integre,

 

nas horas de bendita solidão!

Filho da natureza-mãe, não choro,

sento no chão, na grama, e me devoro

a formigar em meio à escuridão.

 

Mas um amor me chega por inteiro

empenhado na busca dos irmãos

do universo, mostrando o meu luzeiro.

 

Nunca me atraso e, aos que estão às portas

do caminho, eu aponto as contramãos, 

pra não chegarem pelas horas mortas.

 

2 comentários:

Franklin Morais Moura disse...

Filho da natureza-mãe, não choro,
sento no chão, na grama, e me devoro.. muito interessante está parte.

a formigar em meio à escuridão

CHIICO MIGUEL disse...

Obrigado, meu filho

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