MANHÃ E POEMA
Francisco Miguel de Moura
viva a terra o direito de amar!
O cego vê, Deus se extasia.
O poeta alavanca palavras,
arreda nuvens,
destravando o olhar.
O poema silencia o trovão
quando o raio da palavra espedaça o ar.
A manhã se clareia para que a nau
trabalhe e acenda o peito de cada um.
Eis que o poema se desvirgina
e que vida e movimento se declaram
canção.
___________
*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário