domingo, 7 de agosto de 2022

 

AMOR SEM HORAS

             Francisco Miguel de Moura*

Perder o teu minuto, teu segundo

sufoca o tempo de antes e depois...

Colhe as maravilhas deste instante

represadas no mundo dos teus olhos.

 

Quantas fatias repetidas caem,

e dançam na beleza de teu rosto!

Lágrimas vãs ao oceano-mundo,

dos teus olhos, teus lábios...Desconforto.

 

Oh! Vive, sim. Pressente!  Ilude

quem te viu... Sumiu e nem ligou

para o abraço, sem nenhum juiz.

 

Teus minutos de prata é voz de ouro

amor fruindo em bênçãos, condenado

pelo mundo peçonha, todo engodo.

 

Limpa teu pranto no teu lenço brando,

não queiras posse de relógio algum,

as horas morrem bem pra lá do pranto.

 

Eterno é o teu minuto e nisto, se te alteias,            

Amarás com o sangue a refluir nas veias.

___________________                              

*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, mora em Teresina _PI

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