REIS MOMOS
Francisco Miguel de Moura,poeta
No carnaval da vida, mascarados
de feios ou bonitos mais diversos,
mudando, bem ou mal, os desamados
se fingem de normais, versos/reversos.
Para ocultar ridículos desmamados,
cantando tantos choros longamente,
alegres, não contentes... Descarados,
quando afinal, se morre no que sente.
Mostrar doçuras que jamais tivemos,
dançar, pular, cantando o que não somos,
sem alcançar o tanto que queremos...
Amar o já perdido... Por que tremes?
Eis o pobre papel desses Reis Momos,
no futuro de dor de tantos “memes”.
Teresina, PI, 19-5-2022
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