VERSOS E ANVERSOS...
Francisco Miguel de Moura
Não fale, não bata, desista...
Desnude-se a pé, improvisado.
Se ela desistir na claridade
de seu corpo inútil e nu,
ampute a sombra irresistível
que se projeta como apelo.
Para ser e estar, não se avisa.
Eis a chave de sua proscrição:
Arreie essa bandeira náufraga.
Não bata, não busque na lista
do presente borrado de passado.
Quando o corpo não fala
é que a alma é um estrupício.
Teresina, 27 jun. 2021
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