chico miguel |
SEM HORAS
Francisco
Miguel de Moura*
Perder o teu minuto, o teu segundo
sufoca o tempo de antes e depois...
Colhe as maravilhas deste instante
no mundo dos teus olhos luminosos!
Quantas fatias generosas caem
dançando no escuro dos teus olhos!
Lágrimas que vão ao oceano-mundo,
doutros olhos... Desconforto.
Oh! Vive, sim. Pressente! Ilude
quem nem te viu e ouviu, nem te ligou
para o abraço, sem nenhum juiz.
Teu minuto prateado é voz de ouro,
amor fruindo em bênçãos, condenado
pelo mundo peçonha, todo engodo...
Limpa teu pranto no teu lenço brando,
Não queiras posse de relógio algum,
as horas morrem para lá do pranto.
Eterno é o teu minuto e nisto, se te alteias,
amarás com o sangue a refluir nas veias.
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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, mora
Em Terina, PI,
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