“Os
cães do sono ladram
mas dorme a caravana do meu ser”
Mário Faustino.
Quando eu desacordar para o infinito
de sombras perfurando o meu avesso,
terei trilhões de sonhos – retrocesso -
metidos entre a pele e meu conflito.
Com um espirro gigante – o meu delito,
que afastará as nuvens outoneiras
e chamará as primas de primeiras,
ao coro das memórias, num só grito.
Ao meu sofrer misturo alegorias,
serão todas as noites os meus dias,
asas voando em céus petrificados.
E um raio retumbante do universo,
no mais profano tom dos desgraçados,
apagará meu pathos num só verso.
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*Autor: Francisco Miguel de Moura,
poeta brasileiro.
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