quinta-feira, 12 de maio de 2016

QUANDO O BRASIL CHEGARÁ À ORDEM E AO PROGRESSO?

Francisco Miguel de Moura
        (autor)
Resposta mais ou menos plausível à pergunta do título, só quando soubermos o que somos. 

             Pra começo, em área territorial somos o 5º maior país do mundo e o maior da América do Sul e o maior da Região Latina. Com um uma população estimada em 204.450.649 habitantes (estatística de 2015) e uma área total de 8.5l5.767 de km², dividida em 26 estados e 5.570 municípios, somos um gigante que não se conhece nem quer sustentar-se em pé. Somos a República Federativa do Brasil. Na verdade, os estados não são independentes da nação nem os municípios dos estados. Assim, somos mesmo é uma república unitária enorme, onde toda a economia e todas as leis dependem do governo federal, de uma forma ou de outra. Os poderes da República são independentes e harmônicos entre si (ou deveriam ser): o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Nenhum pode ou deve interferir na competência do outro. O Executivo executa; o Legislativo legisla; o Judiciário julga como guardião da Constituição Federal. Mas há tempos de rebulício, quando a política e os políticos não se entendem, não têm diálogo. Vira tudo uma bagunça que o povo jamais vai entender. Assim estamos agora.  Daí porque um sistema como o Parlamentarismo, com apenas 3 partidos no máximo, seria melhor para nosso país? Presidencialismo é para os Estados Unidos, que tem uma economia poderosa. Nós latinos, somos sujos, corruptos. Levamos tudo para o terreno do “toma lá, dá cá”, do conluio, ninguém sabendo quem é governo e quem é iniciativa privada. O Ministério Público e a Polícia Federal querem julgar a todos igualmente. Mas não é possível, depois do advento do “foro privilegiado”. Escapam, por ele, os políticos.

          Hoje, desenfreada, a corrupção tomou conta de tudo e de todos, desde o criado de quarto da Presidenta aos deputados, senadores, ministros etc. A educação virou carvão (colégios caindo, sendo incendiados, inundados, invadidos por bandidos que batem, furam e assassinam etc.), a saúde (que nos países civilizados é obrigação do governo) está aí: muita gente morrendo à mingua, principalmente o pobres. E ainda continuamos dizendo que o Brasil é um país rico. Eu diria que hoje somos ricos de ladrões do erário público, ladrões em toda parte. E quando assim acontece até a linguagem muda. Um partido só governando e uma democracia doente muda até a linguagem das pessoas menos conscientes.
Conheci o verbo “pegar” de uma forma limpa. Hoje é sinônimo de furto, roubo, desonestidade, falta de vergonha.  Você “pega” uma coisa de outro sem licença, nunca emprestada e leva; se o dono reagir, leva tapa ou tiro da cara. Assim anda a segurança do cidadão, de cada pessoa, de cada criança em nossa rica-pobre nação: entre a droga, a corrupção (de todos os lados) e o roubo às escondidas e à mão armada. Este é o Brasil que temos. Politicamente, um país de mentira, economicamente um país de corrupção, roubos e falcatruas. Não se constroem escolas, não se conservam as que já existem, deixando as crianças e adolescentes ao deusdará, os professores sem salário. Ensinam e aprendem oficialmente o que não deve, de livros e teorias importadas que propalam vícios e crimes, quando deviam estudar a velha e sempre nova e boa Educação Moral e Cívica. 

          O descobrimento do Brasil aconteceu em 1.500, pelos portugueses, mas aqui já existiam cerca de 2.000.000 de índios, muitas tribos foram dizimadas, o Piauí é um exemplo: não ficou um índio para contar a história. Vieram depois os negros para trabalhar nas minas, nos engenhos de cana e nos cafezais. Chegaram, depois, outros imigrantes: japoneses, italianos, alemães. Quantas raças!  “Brasil não presta porque foi colonizado por portugueses”, que desculpa esfarrapada! Escravos negros todos os países colonizadores tinham. Os íncolas, com raríssimas exceções, foram exterminados, mas deixaram seu sangue no nosso, assim como os negros, que continuam a miscigenar-se com os brancos, japoneses, alemães e italianos. Essa mistura não tem culpa nenhuma do nosso atraso, os costumes eram mais ou menos livres e a propriedade era dos ricos, gerando ora pobreza, ora harmonia, por incrível que pareça. Os sem-terras foram lutando até que hoje pouca coisa se tem que fazer com o que se chama Reforma Agrária. Os costumes é que não se levantaram – a ética, a política e a moral – por falta de educação. Eis o X do problema.

            Mas não vai ser com regrinhas de exceção que vamos progredir intelectual, moral e eticamente. Vamos progredir, um pouco mais devagar, mas sempre e sempre, etnicamente também, conservando a língua padrão adaptada aos novos costumes. Educação, a ciência, a cultura, em vez de cadeias; crianças na escola, em vez “moleques de rua”, com droga e armas fornecidas pelos traficantes, assassinando os inocentes trabalhadores. Jamais um país será grande através de drogas e traficantes, de políticos terroristas, destruidores, “de maus fígados e ignorantes de pai e mãe”. O comércio, a indústria, a ciência e a agrocultura é que darão a dimensão do Brasil de amanhã. Não chegaremos à ordem e ao progresso com o pts, o mst, lulas, dilmas e facções ditatoriais comunistas. É preciso respeito à propriedade privada, de onde saem os recursos para sustentar o poder público e as inovações para o crescimento constante do saber e da capacidade de um povo que queira acompanhar o progresso universal.

         Assim, chegaremos a um Brasil grande e nobre. Com a verdade chegaremos a um Porto Seguro, descobriremos um Brasil novo, não o de 1500, nem o de 1808 ou o de 1822. Nem o da República, nem o do golpe e da Ditadura de Getúlio, nem da Ditadura de 1964. Mas de homens firmes e valorosos, trabalhadores, honrados, democráticos e irmãos.           

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*Francisco Miguel de Moura é escritor, mora no Piauí, e-mail: franciscomigueldemoura@gmail.com

Um comentário:

Pedro Luso de Carvalho disse...

Caro Francisco,
É possível que o Brasil esteja acordando, mais uma vez, para mais uma vez retomar o seu passo. Da República para cá, nosso país esteve sempre num claro/escuro. Muitas vezes andou em céu de brigadeiro, outras vezes enfrentou borrascas terríveis. Isso aconteceu com Getúlio Vargas, nos quinze anos que governou o país, embora na condição de ditador, com seus avanços sociais; depois destacou-se JK, no seu governo moderno, com a criação de Brasília e o incremento da indústria automobilística, e levando as decisões para o centro do país, embora apresentando uma conta salgada. Mais tarde, em 1964 o país entrou em colapso, não apenas político, mas também cultural, deixando uma marca indelével do muito que teve de ruim. Mais à frente, aparecem para melhorar a grave situação Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. O que veio depois foi o Lula e a Dilma, que jogou no lixo o que fizeram Itamar e FHC. Agora, estamos navegando meio desorientado, mas pelo menos temos a esperança de que voltaremos a uma situação digna do grande país que é o Brasil. Que Itamar faça o seu governo tampão para entregar a outro em 2018, que nos coloque no melhor caminho.
Um grande abraço.

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