sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

MUDA, BRASIL! É AGORA OU NUNCA

Francisco Miguel de Moura
           Escritor 



        Está sendo liberado, na internet, o livro “A menina do Vale”, de autoria de Bela Pesce. Ela já fez sucesso nos Estados Unidos, onde fez pesquisas e trabalhou ao lado dos maiores empresários do Vale do Silício, antes e depois de formar-se em Engenharia Elétrica, Ciências da Computação, Administração, Economia e Matemática. Durante seu estudo no Massachusetts Instituto of Tecnology (MIT), fez vários cursos de Liderança e Inovação.  Foi considerada uma das 100 pessoas mais influentes, no Brasil, pela Revista “Época”, também entre os 10 líderes brasileiros mais admirados pela “Companhia de Talentos” e um dos 10 líderes brasileiros mais admirados, pela Revista “Forbes”. Ela se expressa muito bem e agora está no Brasil. 

        Sua obra é importantíssima para todos os brasileiros que querem ter um Brasil melhor, de gente e não de corruptos e dilapidadores dos cofres públicos, ou seja, do nosso dinheiro arrecadado em impostos escorchantes e altas taxas de juros. 

       Num discurso, transmitido pela internet (redes sociais), ela trata do tripé demoníaco: Lula, Dilma e PT (sem esquecer os partidos da “base alienada”: PMDB e companhia).  E assim começa: “Engana-se quem acredita que o Lula não será preso. Na verdade ele já está preso. Não usa mais seu sítio em Atibaia, nem seu apartamento no Guarujá. Entregou os dois para a casa não cair. Não pode falar ao celular, pois está cheio de grampos. Os companheiros evitam visitá-lo, sob suspeita. Não pode ir a um restaurante, cinema ou teatro, pois está com medo da reação do povo. Também não viaja ao exterior, pois o Juiz Sérgio Moro (da Polícia Federal) pode decretar a prisão preventiva dele. Durante anos irá curtir o que desviou dos cofres públicos, sem mais contar com o prazer do Poder, que acabou”. 
         O livro vai fundo na análise do nosso caráter de brasileiro: “os macunaímas” que somos, e mais: os moleques, os maucaratistas, inclusive uns tantos que se apoderaram dos cargos públicos, nomeados ou eleitos, e “posam” de “santinhos”, mesmo que a operação “Lava Jato”, quando não já os ouviram, estão na lista daqueles que devem e/ou vão ser chamados e investigados. 

         Será que a situação do Brasil atual está sem jeito? Ela pergunta e tenta responder mais ou menos o que traduziremos aqui: - O nosso país é uma pobre nação, desacreditada no mundo civilizado, serve de “gozação” para países desenvolvidos, e ainda, com clareza, nos colocam ao lado da Bolívia, Paraguai, Cuba e outros países até mais atrasados e pobres do que os citados, inclusive da África.

        Para imediatamente, o país Brasil não tem jeito, não. Pode Lula morrer, Dilma pular pela janela do Palácio, os doutores do Supremo desentenderem-se, os partidos se rasgarem e os membros do Congresso Nacional, envolvidos apenas com os negócios (que negócios, os deles!), além das brigas, tapas e quebra-quebras na Câmara e no Senado, exemplos terríveis para os que frequentam botecos de ponta de rua e “inferninhos” e “baixos meretrícios” de todas as cidades. 

       Isto não aconteceria se não traficassem, se não recebessem altas propinas de empreiteiras e estatais, se tratassem o povo brasileiro com respeito, fazendo boas leis e modificando as que estão erradas. Por isto é que a sociedade está aí sendo dizimada pela droga, por doenças, por analfabetismo, por assassinatos a torto e a direito, de tal forma que os cidadãos e cidadãs já nem podem sair à rua, mesmo que seja para ir para seu ganha-pão honesto, seus empregos, seus comércios, suas empresas e indústrias. E assistirmos agora esta recessão braba, inflação galopante, enquanto os pobres bolsistas de família passam mais fome e põem os filhos para vender drogas, assaltar e matar, pois sabem que são menores e que são protegidos e incentivados pelos grandes mandões do tráfico.

         Não é com o “jeitinho brasileiro” de apenas mudar de governo ou de partido, de mudar nomes de pessoas que são as mesmas e com os mesmos defeitos morais e éticos, de reformar as leis e até de acrescentar artigos e decretos à Constituição (ou mesmo de votar outra) – não é apenas por atalhos que vamos mudar. Trata-se de mudarmos, nós mesmo, que não aprendemos ainda o respeito ao direito do outro, achamos que a “lei de Gerson” deve ser o artigo mais forte da nossa Constituição: “Passar por cima de tudo e de todos, para ganhar mais e de qualquer forma”. Pesa-me dizer que aí está a virtude de nossa sociedade de hoje, infelizmente. Que grandiosa virtude! Argh! 

        Ser correto, legal e honesto não é isto, meus senhores.  Por que não respeitamos os excluídos, os mais velhos, os mais fracos, os mais humildes? Vamos demorar muito, gerações e gerações até reencontrar o elo perdido da moral e da ética do tempo de nossos avós. A sociedade brasileira tem jeito de melhorar, sim, mas não com o “jeitinho brasileiro” de ser: Se ninguém está vendo, acha-se com direito a tudo e a todos, do trânsito ao voto no dia da eleição, etc. Como pensa a maioria do “brasileiro” de hoje, aquele que nunca se esforçou pra ter nada? “Fulano é rico, é ladrão”. Mas se ele herdou? “O pai dele roubou antes” E daí por diante. Furtar e roubar passaram a ser sinônimos de “pegar o alheio”. Matar é defender-se. Assaltar é “tomar” o que ele tem de sobra.  Isto está na cartilha dos “petralhas”.  Isto está na cartilha dos governantes atuais. 

         O problema é como sair desta.

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Francisco Miguel de Moura, acadêmico, escritor,  da Academia Piauiense de Letras.

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