sábado, 11 de abril de 2015

MUNDÉU The. 05/04/2015.


Francisco Miguel de Moura


Mundo vai, mundo vem...  E há solidão
Vai do cometa que se desmantela
Dos céus à terra em luz e escuridão.
Por que a solidão sempre nos vela.

Vem da nuvem que voa e que derrete
O mundo como cinzas de um vulcão
E o mundo está no ar, na escuridão...
E é tão confuso! E à alma submete.

Não por ninguém, há só encruzilhadas
Nas refregas da carne às madrugadas,
Onde  se ascende o pó da solidão.

O mundo é isto: É tudo e não é nada.
E se está na alma, enfim, abandonada,
No seu próprio viver não há canção.

                                       The. 05/04/2015.

                  

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