sábado, 1 de março de 2014

SENSIBILIDADE

http://abodegadocamelo.blogspot.com
 Francisco Miguel de Moura

Estreme sensitivo em desalinho,
As sensações me brotam sem querer,
Desfazendo-se ao vento, sem prazer...
E assim me fecham pelo meu caminho.

Nunca dão passos. Qual o seu caminho?
São borboletas voando em procissão,
Secos fios de aranha. E a sensação
Desmancha-se ao contato... Se definho?

Amargo é, pois  ninguém as reconhece,
Mesmo em arte – uma coisa tão factível.
Quem sabe as dores d’alma que padece?

Qual poema, um tecido intransferível,
Não há quem sinta, quanto mais confesse
A morte viva e a fé num impossível.

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Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro do Piauí, daqui e de mais além: Oropa, França e Bahia = Macunaíma mesmo.

3 comentários:

Pedro Luso de Carvalho disse...

Caro Chico Miguel,
Gostei muito de seu poema "sensibilidade". Parabéns.
Um abraço.

Tais Luso de Carvalho disse...

Olá, Chico Miguel, olhando mais seu blog vim dar aqui nesse lindo poema! Concordo com meu marido, você mostrou muita sensibilidade!

Grande abraço, linda semana.

CHIICO MIGUEL disse...

Confesso que vocês são muito amáveis, além de sensíveis. Estou tomado de emoção pelos elogios.
Abraços
Francisco Miguel de Moura

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