Estreme sensitivo em desalinho,
As sensações me brotam sem querer,
Desfazendo-se ao vento, sem prazer...
E assim me fecham pelo meu caminho.
Nunca dão passos. Qual o seu caminho?
São borboletas voando em procissão,
Secos fios de aranha. E a sensação
Desmancha-se ao contato... Se definho?
Amargo é, pois ninguém as reconhece,
Mesmo em arte – uma coisa tão factível.
Quem sabe as dores d’alma que padece?
Qual poema, um tecido intransferível,
Não há quem sinta, quanto mais confesse
A morte viva e a fé num impossível.
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Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro do Piauí, daqui e de mais além: Oropa, França e Bahia = Macunaíma mesmo.
3 comentários:
Caro Chico Miguel,
Gostei muito de seu poema "sensibilidade". Parabéns.
Um abraço.
Olá, Chico Miguel, olhando mais seu blog vim dar aqui nesse lindo poema! Concordo com meu marido, você mostrou muita sensibilidade!
Grande abraço, linda semana.
Confesso que vocês são muito amáveis, além de sensíveis. Estou tomado de emoção pelos elogios.
Abraços
Francisco Miguel de Moura
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