Ficaria num alto, assim e assim...
A casa em que nasci. Era pequena,
de taipa e telha, no alto da colina,
de onde me vi nos bois e sua sede.
E à noite, se acendesse a lua cheia,
a estrada era tão branca e parecia
um rio de água clara me clareando
a baixada, na busca de outro rio.
Tinha um quarto, uma sala e uma rede
para embalar-me no calor febril.
E a cozinha era a paz da nossa fome.
Não havia fachada, as telhas tortas,
sujas, pretas de tempo e sol sem chuva...
E ela se foi levando a minha infância!
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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, autor de alguns sonetos sobre este tema, gostaria de saber de quem visitar o blogue, qual a nota para este soneto, de 1-10 - Basta ler e comentar no tópico abaixo “Comentários”
3 comentários:
A minha casa, a casa de minha mãe, lá no Riacho Vermelho, guardou a minha infância e eu a revisito sempre, em meu coração.
A minha era grande, tinha um corredor cimentado onde brincávamos e na frente a mercearia de meu pai. Quando passava o bonde na rua, a casa trepidava... Ai que saudade me deu agora!!! Que delicia de leitura poeta.
Meu abraço carinhoso e o desejo de um lindo final de semana junto aos amigos e familiares.
Como são doces e lindas as recordações de nossas moradia de infância.... lindas recordações as suas... e as minhas também. Um carinhoso beijo querido e parabéns pelo tocante soneto.
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