sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

“BRASILEIRO É MUITO BONZINHO!”

Artigo quase crônica


*Francisco  Miguel de Moura
                 autor              


Lembro-me do programa de tevê em que a artista Kate Lira, brasileira, mas  de origem americana,  dizia ironicamente: “brasileiro é muito bonzinho”, após conquistar um namorado com a maior facilidade.

Nunca ninguém (nem nós mesmos), considerou o povo brasileiro como um “grande povo”, senão D. Pedro II, e por isto perdeu o trono.  É bom não esquecer nosso grande escritor Mário de Andrade com sua criação imortal “Macunaíma”. E vale acrescentar que nossos males não vêm por causa da mistura do português descobridor com o indígena e os negros trazidos a ferro e fogo da África – diga-se de passagem – comprados. De quem os ingleses e portugueses compravam os negros na África? De outros negros de lá. Não queira ninguém ser bonzinho por ter esta ou aquela cor, por ser branco ou “afro-descendente” como tão mal inventaram os intelectuais asseclas do Lula. Essa é a questão que há séculos debatem os sociólogos, antropólogos, filósofos, enfim todos os cientistas, e ainda não se acertaram.

Por que é que o brasileiro não chega no horário marcado para as reuniões, especialmente os que primeiro deveriam chegar, aqueles que vão dizer alguma coisa, apresentar alguma coisa de importante ao povo?  Já se sentiu que falo das autoridades, dos políticos, dos altos burocratas, etc. etc. Objetivamente, perguntamos: - Por que o brasileiro não obedece aos sinais de trânsito, às regras de trânsito, às regras de modo geral? Só cumpre leis que lhe beneficiam diretamente, deixando para trás aquelas que vão beneficiar a sociedade?  Por que os políticos brasileiros se preocupam mais em aparecer na televisão do que nas reuniões onde o povo quer vê-los de viva voz? Ao contrário se escondem, nos fins de semana dizendo que vêm visitar “as suas bases” (os deputados e senadores), mas a finalidade real é “trabalhar” apenas três dias por semana: de terça a quinta-feira. E não aceitam desconto no salário, como fazem com os seus trabalhadores nas fazendas e fábricas. Por que é que o brasileiro bota toda a culpa no Estado, nos governos, mas na hora de pagar os impostos fazem tudo para não cumprir a obrigação? Que o governo deixe de cumprir seu o papel, o do povo é dar o troco. Mas, não. Sai Lula, entra Dilma, que quer permanecer mais por outro período: - A nova forma de ditadura sul-americana, infelizmente criada por um bom Presidente, Fernando Henrique, mas cometeu este pecado. Pecado que recebeu críticas de todos nós, inclusive minhas.Haveria muitos outros porquês. O brasileiro mente a toda hora a respeito de si e dos outros (das três raças, a mais honesta era mesmo a indígena, com a compensação para baixo de ser preguiçosa, desleixada, inocente). Haveria ainda que perguntar por que somente se dá valor ao futebol, ao carnaval e à música mais vagabunda que existe, normalmente, importada, deixando as escolas ao deusdará e da mesma forma a saúde e a segurança. Há pouco que apontar de positivo no Brasil (do alto ao baixo), Essa alegria, essa descontração, essa malandragem (ou essa psicopatia?) como fez o Lula – responsável pelas as falcatruas do escandaloso mensalão – e ainda dizendo que “não existiu” é positivo? Incrível é que ainda assim, depois de milagrosamente descoberto pela Polícia Federal e por alguns corruptos menos corruptos como o Robert Jéferson, tudo agora  julgado pelo Supremo Tribunal Federal, “ele” continua dizendo que “não sabe de nada e não viu nada” e frases outras típicas de psicopatas e  covardes.  Por que foi a Dilma Rousseff, indicada sucessora do Lula, a ir à Europa dizer “para inglês ouvir” que o PT não manda nela nem no Governo?  Por que ela, representando o Brasil na Alemanha/Bélgica, com honras de grande Presidente mulher, foi oferecer ajuda?  Que ajuda “macunaímica”, hem? Se não podemos ajudar nem a nós mesmos, com a inflação subindo, a indústria caindo, tal como o famoso PIB (caindo, crescndo como rabo de cavalo), o desemprego e as obras contratadas em abandono no Brasil, com os orçamentos já gastos por incúria administrativa do governo e das empresas que foram contratadas... A  mais evidente é a transposição do rio São Francisco, para minorar as condições urgentes da periferia do país, que é o Nordeste. Mas os estádios e obras que se referem aos esportes estão indo de vento em popa.

Claro que o Lula é “sabido”. Sabido não quer dizer sábio nem santo, simplesmente porque é analfabeto. “Filho do Brasil” também, como talvez seja o nome do filme que estão fazendo... Como nós somos. Como os eleitores comprados são. Como os compradores de voto são. Como os sonegadores são, como o traficantes, os assaltantes. “Sem nenhum caráter” Por que a maioria dos corruptos e corruptores adoram o Lula? O Lula são eles. “Lulas” somos nós, quando calamos... E por medo. Por isto e por  mais coisas que não tive condições de colocar, só caberiam num livro paródico ao “Porque me ufano do meu país”, de Afonso Celso, com o título agora de “Porque não me orgulho (nem um pouco) do meu país”.
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*Francisco Miguel de Moura, escritor brasileiro, é membro da Academia Piauiense de Letras (APL-Teresina-PI) e da Associação Internacional de Escritores e Artisas - IWA, em inglês, com sede nos Estados Unidos.

2 comentários:

Nádia Santos disse...

Querido Chico, não discuto política por não gosto, mais leio um pouco para ficar por dentro do que acontece no meu país, e tenho um marido antenado neste assunto e revoltado com os políticos. Parabéns por sua crônica. Sinto vergonhas desses político e nenhum orgulho de ser brasileira. Feliz 2013 querido amigo, muita saúde e paz.

CHIICO MIGUEL disse...

Minha Querida
Nádia Santos,

É verdade o que você diz sobre a política, eu porque tenho esta veia irônica levo-a todo para os políticos que estão merecer - quase todos.Estou lendo "A vida de Jesus",de Plínio Salgado, um livro doce, sobre um assunto que nunca se esgotga.
Logo, estarei colocando poesias em minha página pessoal. Que Deus nos ilumine na hora do voto daqui a dois anos. Mas,o que interessa mesmo é que tudo corra bem pessoalmente, neste 2013, digo, extensivo a sua família.
E muito obrigado,mais uma vez por suas leituras. Com abraços e beijos do seu amigo poeta,com felicidades e paz.
Chico Miguel de Moura

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