sábado, 1 de setembro de 2012

OPOSTAS APOSTAS


                 Francisco Miguel de Moura*


A aranha tece e retece,
e não para nem cansa,
emaranha-se na teia
e dança. E desce, desce...

O espelho mostra o irreal,
direito x esquerda,
e quem sabe não aposta
em tantos mais erros?

O homem, como se não visse,
desconhece a face de ontem,
desde que emoção alguma,
o mundo em redor lhe pinte.

A mulher aparece e logo vê
tudo em redor. E desaparece
para voltar, se sente amor,
e mais refletir e parecer.

Em suma, todos nós viventes,
gente, animal ou cousa,
apostamos no impossível.    

_______________
* Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, mora em Teresina, Piauí, Brasil – e-mail: franciscomigueldemoura@gmail.com

Um comentário:

verinha disse...

É verdade...sempre queremos o impossível!!!
Mas será??/ Dizem que os poetas podem tudo...me esplica isso ,chico,por favor.

Um abraço com carinho
vera portella

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