sábado, 10 de março de 2012

A VIDA E A MORTE SÃO MISTÉRIOS

 Francisco Miguel de Moura*

 Li uma impressionante reportagem da revista VEJA (15-2-2012), cuja matéria trata longamente sobre “A vida depois da morte”. Pesquisas científicas, não científicas, religiosas, etc. Depois da leitura, ficamos na mesma: O que é a vida? O que é a morte? O que vem a ser a vida depois da morte?

A grosso modo, dizemos que a vida existirá sempre. Não nos referimos apenas à vida de cada ser individual: homem, animal etc. Mas filosoficamente não compreendemos o que é “durar sempre”. Sempre, agora, futuro, passado... Sabemos um pouco do passado, que é a história. Dos outros estados, nada mais. Entre uma história e outra, sabe-se da de Jesus de Nazaré, Cristo (2.000 anos) – que, ao contrário de alguns impostores que se declaravam Deus, ele dizia ser o filho de Deus (como todos nós) e o filho do homem (como todos nós? talvez de forma diferente, por ter ele nascido da virgem Maria, por obra do Espírito Santo, e não do seu pai adotivo, José). Mas o que muitos ainda não compreenderam, além do mistério do seu nascimento, foi que ele, sem nunca ter estudado, tenha-se transformado num sábio, filósofo e santo, além de o maior pregador da história (com o seu Sermão da Montanha), um criador de parábolas sem nunca ter escrito nada. Toda a sua sabedoria foi apreendida pelos evangelistas Mateus, Marcos, Lucas e João, por seus 12 apóstolos e por milhares de discípulos.  Jesus estabeleceu a virtude do  Amor no mundo, que estava sendo substituída pela ganância, guerras, injustiças... Ele veio fundar aqui o Reino do Amor e dizer que o Reino dos Céus – a morada de Deus (e que nele havia muitas moradas) – começava aqui mesmo, nesta vida, com a certeza da salvação deste mundo de misérias.

A Bíblia, livro que traz aqueles ensinamentos, reformada pelos os Evangelhos, é um livro de auto-ajuda, o maior do mundo. Como desacreditar-se que tudo (mundos e vidas) foi criado para depois se acabarem em nada? Os evolucionistas acreditam que tudo se transforma (Lei de Lavoisier). Já os renitentes materialistas dizem outras coisas, mas não dizem tudo: acreditam na memória, que o mundo (este nosso) vai durar muito e que a única coisa que temos que fazer são filhos, perpetuar-nos através dos “genes”, da família, das obras de arte e dos livros. A escritora Teresinka Pereira (da IWA-International Writers and Artists Association, USA) sugere, em artigo, que os escritores tirem muitas fotos de sua vida desde jovem até velhos, para que assim fiquem mais na memória dos com que privaram social ou familiarmente.

Talvez que até aqui ninguém tenha entendido que haja ou não vida depois da morte.  São estes os mistérios insondáveis da vida e do mundo. Há outros que podem ser desvendados, ou que os cientistas se iludem que sim, e inventam teorias. Por exemplo, o psicólogo canadense Bruce Hood, da Universidade de Bristol, acredita que “chegamos ao mundo não com uma inclinação para a espiritualidade, mas para o pensamento sobrenatural. Deus pode requerer a crença no sobrenatural, mas as crenças no sobrenatural não requerem Deus” E a revista indica que a pessoa pode não acreditar em Deus, mas vai crer em coisas invisíveis, imensuráveis, desconhecidas como a existência de uma entidade divina, poderes da cartomante, a coluna do horóscopo dos jornais, a telepatia, a vida depois da morte, vários planos espirituais, reencarnação, purgatório, infernos.  Por isto as crianças acreditam no Super-Homem, bruxas voadoras, sapos falantes, príncipes encantados ¬- violadores claramente das leis da natureza. Esse pensamento mágico irá sendo substituído por outras crenças ou pelo raciocínio científico na seqüência dos anos.  Mas em geral, em verdade, há no homem a necessidade duma espiritualidade, seja de que tipo seja. Ou temos fé, ou ao menos esperança. Ou nada. E daí tudo é possível: doenças, desgraças, suicídio, etc.
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*Francisco Miguel de Moura, poeta e escritor brasileiro, mora em Teresina,PI, Brasil

Um comentário:

Gisa disse...

É querido amigo, a fantasia e o sonho podem tornar a vida mais leve. Real? Não, com certeza, mas para que discutirmos isso? Vamos voar que vale mais.
Um grande bj no teu coração

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