Francisco Miguel de Moura*
era o tempo de pintar
o que se não pintou na liberdade
e o rosto sumiu da moldura
por trás dos óculos escuros
era o tempo de não perguntar
pelo outro passado
era o tempo de esquecer
todos os nomes e fatos
era o tempo de dizer adeus
à memória
ganhar as estradas incultas
e abraçar novos sentidos
e todas as cores ficaram vazias.
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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, mora em Teresina. E-Mail: franciscomigueldemoura@superig.com.br
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