terça-feira, 27 de maio de 2008

A JÓIA RARA



Francisco Miguel de Moura*


Luz e sombra dão na mesma cor
dos olhos e do carinho.
Dizem que amor não some,
renasce do lodo, mansinho.

Mas preciso agora escutá-lo,
não abandono o que ganhei,
neste momento, sobretudo,
quando tentam riscar o passado.

Lábios e corações, ó, não se fechem,
os olhos têm a última esperança.
Que reste sempre um fio de cabelo
no tempo de cada um, nas entranhas.

Um vintém de qualquer aventura
para os que não conseguem
nessa margem se perder.

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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, mora em Teresina, Piauí. E-mail: franciscomigueldemoura@superig.com.br

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