Francisco Miguel de Moura*
Perpassando as páginas desta reunião de literatos e escritos organizada em boa hora por Jailson Klein, de Santo Antônio de Lisboa, outrora Rodeador, muitas e boas lembranças me vêm de quando meu pai, Miguel Guarani, morava lá, com a família, e assim onde passei parte da minha adolescência, idos de 1950. Neste estado de espírito é que leio o gostoso poema de Antônio Bineta, mistura de poesia popular e música; o mimo de poesia da pena de Deocleciana Cipriano de Sousa, filha do casal Deocleciono e Isabel Cipriano, que foram nossos vizinhos e para quem trabalhei na época da construção de sua casa; uma história de Elves França que conta o mundo sensível do caboclo de Barro Branco (localidade onde dei as minhas primeiras aulas de A.B.C., a mando de meu pai); o poema de Ernesto Cipriano, meu contemporâneo, cujo brilho de sua curiosidade e inteligência me ficou até hoje.
Para que esta obra idealizada por Jailson Klein fosse meritória bastavam os escritores já citados. Mas ele junta outros nomes já conhecidos como Gilson Chagas, consagrado na crônica e na ficção, mas também como letrista de música, trazendo sua força num poema de certa forma sentimental, com humor e crítica; João Erismá de Moura, cronista que se apresenta consciente e desinibido, depois da publicação de dois livros recentes; Nilvon Batista, o historiador de Santo Antônio de Lisboa, que vem animando a vida cultural daquela cidade. Por fim, não é possível esquecer que fui vizinho e colega de escola de Neomísia Antônia de Sousa, aqui comparecendo com um verdadeiro tratado de ética e moral; que Maria Lima Batista é filha de Isaac Batista de Carvalho, oficialmente meu primeiro patrão; e que Maria Francisca Rodrigues (Mocinha) – uma das primeiras alunas de meu pai – forneceu muitos dados importantes para a construção do meu livro “Miguel Guarani, Mestre e Violeiro”, comparecendo neste livro com um poema bem agradável.
Com tal elenco, onde se encontram outros nomes não mencionados por falta de espaço, a quem peço desculpas, aqui está um livro que nasce já com a responsabilidade de tornar-se leitura indispensável para a comunidade de Santo Antônio e vizinhas. É impressionante a quantidade de dados, digamos “objetivos”, que fornece – memória sentimental do povoado Rodeador, do seu povo e de suas tradições e lutas – o que é muito salutar, no momento em que quase todos estão voltados para as bobagens da tevê e do computador, entre outras. Esses escritores são sonhadores e idealistas abnegados, merecem todo o nosso crédito e aplausos, extensivos ao organizador, Jailson Klein, consagrado contista urbano, realista, criativo e observador agudo da condição humana e do viver do homem moderno. Dando força aos demais, ele apresenta uma verdadeira novela da vida infantil interiorana, que bem poderia ser publicada como um único livro e fecha este trabalho da maior importância para as nossas letras.
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*Escritor brasileiro, mora em Teresina, Piauí.
E-mail: franciscomigueldemoura@superig.com.br
Perpassando as páginas desta reunião de literatos e escritos organizada em boa hora por Jailson Klein, de Santo Antônio de Lisboa, outrora Rodeador, muitas e boas lembranças me vêm de quando meu pai, Miguel Guarani, morava lá, com a família, e assim onde passei parte da minha adolescência, idos de 1950. Neste estado de espírito é que leio o gostoso poema de Antônio Bineta, mistura de poesia popular e música; o mimo de poesia da pena de Deocleciana Cipriano de Sousa, filha do casal Deocleciono e Isabel Cipriano, que foram nossos vizinhos e para quem trabalhei na época da construção de sua casa; uma história de Elves França que conta o mundo sensível do caboclo de Barro Branco (localidade onde dei as minhas primeiras aulas de A.B.C., a mando de meu pai); o poema de Ernesto Cipriano, meu contemporâneo, cujo brilho de sua curiosidade e inteligência me ficou até hoje.
Para que esta obra idealizada por Jailson Klein fosse meritória bastavam os escritores já citados. Mas ele junta outros nomes já conhecidos como Gilson Chagas, consagrado na crônica e na ficção, mas também como letrista de música, trazendo sua força num poema de certa forma sentimental, com humor e crítica; João Erismá de Moura, cronista que se apresenta consciente e desinibido, depois da publicação de dois livros recentes; Nilvon Batista, o historiador de Santo Antônio de Lisboa, que vem animando a vida cultural daquela cidade. Por fim, não é possível esquecer que fui vizinho e colega de escola de Neomísia Antônia de Sousa, aqui comparecendo com um verdadeiro tratado de ética e moral; que Maria Lima Batista é filha de Isaac Batista de Carvalho, oficialmente meu primeiro patrão; e que Maria Francisca Rodrigues (Mocinha) – uma das primeiras alunas de meu pai – forneceu muitos dados importantes para a construção do meu livro “Miguel Guarani, Mestre e Violeiro”, comparecendo neste livro com um poema bem agradável.
Com tal elenco, onde se encontram outros nomes não mencionados por falta de espaço, a quem peço desculpas, aqui está um livro que nasce já com a responsabilidade de tornar-se leitura indispensável para a comunidade de Santo Antônio e vizinhas. É impressionante a quantidade de dados, digamos “objetivos”, que fornece – memória sentimental do povoado Rodeador, do seu povo e de suas tradições e lutas – o que é muito salutar, no momento em que quase todos estão voltados para as bobagens da tevê e do computador, entre outras. Esses escritores são sonhadores e idealistas abnegados, merecem todo o nosso crédito e aplausos, extensivos ao organizador, Jailson Klein, consagrado contista urbano, realista, criativo e observador agudo da condição humana e do viver do homem moderno. Dando força aos demais, ele apresenta uma verdadeira novela da vida infantil interiorana, que bem poderia ser publicada como um único livro e fecha este trabalho da maior importância para as nossas letras.
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*Escritor brasileiro, mora em Teresina, Piauí.
E-mail: franciscomigueldemoura@superig.com.br
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