domingo, 6 de abril de 2008

PARABOLANDO...

Francisco Miguel de Moura*




Cantei sem voz,
tentei mil poemas,
chorei sem lágrimas.


Tonto, sofri à toa
partindo a dor sem alegria.
Remo e rima – algemas.


Amei, fiz loas, centenas,
ninguém, nada ficou,
que pena!...

E agora, só olhares,
secos, mudos, magros.


Tentei cantar de novo
sobre uns versos – poema
à vida, tantos temas,
e acordei sentado.


E faz tempo que eu acordo
Parabolando...
a palavra
fria.

______________________
*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, mora em Teresina, Piauí

Um comentário:

Anônimo disse...

Poetista Francisco, lindo versejar parabéns, bjoss

Maria Mendes

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