Eu sou o que não fui
Serei o que não sou
Em mim a vida rui
Ou... ou...
Não fui o que serei
Não serei o que sou
A vida não conflui
Em mim
Parou?
Ninguém é nada e tudo
Ninguém é tudo – nada
Quem fala fica mudo
Caluda!
Ser pra não ser nada,
O tudo ninguém é;
A vida é uma coalhada
De fé e de esperança,
De mão e boca. De ânsia,
O gosto desce ao pé.
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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, mora no Piauí.
3 comentários:
Sábias agudezas... refinamentos...
- não!
Nada disso encontrarás aqui.
Um poema não é para te distraíres
como com essas imagens mutantes de caleidoscópios.
Um poema não é quando te deténs para apreciar um detalhe
Um poema não é também quando paras no fim,
porque um verdadeiro poema continua sempre...
Um poema que não te ajude a viver e não saiba preparar-te para a morte
não tem sentido: é um pobre chocalho de palavras.
Mario Quintana
Simplesmente maravilhoso.
Sr.Miguel, gostei do poema.Não sou uma crítica especialista em Literatura, mas tenho o termômetro do coração, da boa canção.
Wilma.
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