SONETO DOS
CINQUENTANOS
Francisco Miguel de Moura
aos cinquenta
bebidos, me apeteço
porque a vida me
ofertou de espinhos,
flores poucas,
encantos mitigados
e em todo passo a
busca de sentidos.
feliz por ser fidel no que me arrimo:
são secretas
conquistas, muito humanas.
sorrio ao que me
passa e vai no vento:
- eu sou vagar, sou
tempo e não me canso.
meu corpo alcança o
corpo mais cansado,
minha alma inflama a
irmã insubmissa,
sem barulhar a paz
que me guerreia.
semeio amor. na
dúvida, campeio
o que me arma de
força e decisão.
e vou seguindo e sei
que vou ficando...
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