A COR E
AS COISAS
Das cores
do amanhecer
nascem
crepúsculos.
As coisas
não têm cor,
têm as cores de seus donos,
dos olhos
que cobiçam,
dos
vendeiros e ladrões
e dos
pobres enganados.
Coisas
brilham na agulha,
se a
mulher enfia a linha
sem perder
o bordado.
A cor das
cores tem limites
nas
paixões da mor idade.
As cores
se limitam no poder
de
transformar ou desfazer,
os que
chegam, os que vão
por
caminhos e emboscadas.
Que dizer
dos viventes de ruas,
nos
delírios e nos escapes?
A cor das
coisas é imperfeita
pois se
troca e é trocada
por
dinheiro ou quase nada.
As cores
da coisa são nulas
e se negam
no engano das vaidades.
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