A JOIA RARA – SONETO
Francisco
Miguel de Moura*
Soneto é joia que nasceu no
berço
Do primo verso, mas não sem segundo.
No terço há rima, ou não... E
vai a fundo
Buscando a criação d’outro
universo.
Neste quarteto arruma-se o disperso:
- A visão deste mundo n’outro
mundo
Para a paixão, o amor, o mais
profundo,
Na alegria e na dor – verso e
reverso.
Nos dois tercetos: Som, razão
e estética
Já se misturam na corrente
elétrica
E vão ao verso final que
guarda grave
Tudo, tudo como arrematação,
Onde a beleza é livre e
mostra a chave
Que fecha e que destranca o
coração.
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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro.
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