Francisco Miguel de Moura*
Um nome de
rua
é uma
futrica
onde o
vereador
se “paulifica”.
No plenário
e na ata
a verve
estica.
A família
do morto
dá
parabém.
O edil se
“arapuca”
para a
eleição
do ano que
vem.
(E fica.)
A rua é de
lama,
lixo e
excremento.
Cai a placa
em terra
sem nenhum
lamento.
Quem por
lá “pateia”,
salta e
sofre e sua.
E enquanto
recua,
a
língua não peia:
- O nome
desta rua...
me dê uma
dica?
A voz de
fim de lua
pergunta e
relata:
- O nome
desta rua?
Há uma
“peitica”. E mata.
O morto
mais morto,
o vivo na
vala...
Nada mais
comum.
A rua se
cala,
resposta é
pergunta,
tudo e nada
- uma
coisa suja,
só:
-
P-o-l-í-t-i-ca-lha!
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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro.
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