NUVEM
1
Francisco Miguel de Moura*
Uma nuvem passageira
a turvar o céu azul
é como a vida e a morte,
porque se esconde no tempo
(pelas noites, pelos sonhos,
esfarinhando os lençóis).
Nuvem, mentira dos olhos,
mentira de um outro dia,
para a ilusão do que é novo,
como eu, crente a implorar,
lá no fundo do meu sono...
Meu amor, não se esfarinhe
em tempos de ais e choros,
quero volver a outra vida,
sem nada que me devore.
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Francisco Miguel de Moura, poeta
brasileiro.
Um comentário:
Sua postagem é uma obra-prima: brilhante, perspicaz e totalmente envolvente. Obrigado por compartilhar sua valiosa perspectiva conosco!
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