(M)EU, POEMA
Francisco Miguel de Moura
Sou eu e meu silêncio,
na paisagem que desfaço,
porque sou cativo
de mim, sem disfarce.
E não me apresso
de lançar ao léu
uma inspiração
de nenhum céu.
Faço o poema que pos(suo)
e ofereço a quem tras/passa
lágrimas, suor e sangue.
Meu silêncio guarda a sede
e o sal
que transpiram os homens
na feira de seus cacos.
* Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro.
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