segunda-feira, 20 de março de 2023

 


MINHAS PALAVRAS

          Francisco Miguel de Moura*

 

Meus poemas nascem das palavras

que voltam como filhas siameses,

para integrar meu ser inalcançável.

 

Minhas palavras líquidas conversam,  

vêm do livro inscrito no meu ego,

quais crianças que pulam corda e gritam

quando se acordam, tontas! Pesadelos...

 

Palavras e poemas secas como os rios,

se a chuva não vem, se desconhecem...

 

Minhas palavras-pingos permanecem

nas plateias, onde surdos se contentam.

 

Palavras-postas, soltas pra ninguém,

de amor, risos, mágoas, ou engulho,

conversam quais duendes e seus deuses

do Olimpo do hoje e dos de nunca.

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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, sim senhor.

 

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