terça-feira, 7 de setembro de 2021

 


MINHAS PALAVRAS

          Francisco Miguel de Moura*

 

A poesia nasce das palavras

e volta como filhas siameses,

para integrar meu ser inalcançável.

 

Minhas palavras se conversam,  

vêm do livro inscrito no meu ego,

quais crianças que  pulam corda e gritam

quando se acordam, tontas! Pesadelos...

 

Palavras se ressecam como os rios,

e se a chuva não vem, se desconhecem.

 

Minhas palavras-pingos permanecem

nas plateias, se nada vem, nem volta.

 

Palavras-postas, soltas por alguém

com amor, riso, mágoa, e sem volta,

conversam com duendes e com os deuses

dos Olimpos presentes e futuros

            ou passados.

___________

*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, sim senhor.

 

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