São aqueles que tanto perlustrei
pelas letras escritas e apagadas,
mortas depois dos íntimos desejos,
por só considerar o que é perfeito.
Aqueles dos papéis e livros sujos,
rasgados pelo meio dos caminhos,
e não negados, pois contando história
de vidas, de namoros, namoradas.
Caminhos do que pude/que não pude,
entre discursos e palcos inauditos,
sem minha voz - perdida nos seus ecos,
até reencontrar linha e sentidos.
Perdi-me nos garranchos, pelos ares
do sem árvores, arbustos, só espinho
seco ao suor de esforço desmedido.
Vida!... Que, não vivida... Oh! não será
mais que o vento lavando meu silêncio.
E esses caminhos, penso... E reencontro,
quando me ponho em forma de poesia.
Teresina,
PI, Brasil, 25/6/2020.
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*Francisco Miguel de Moura, poeta
brasileiro, mora em Teresina-PI-BR.
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