Francisco Miguel de Moura*
Mudar são os momentos como lanças,
da questão do viver, compartilhar.
Por que nós, se nas dores e bonanças,
não pudemos sorrir e nem chorar?
Nossa boca foi feita para calar?
Não! Quem pode conter as tempestades
se as pernas tremem... Sem poder andar...
Por que paramos ante as potestades?
Em pensamento, o espírito sou eu,
não tenho que pedir nada a ninguém,
muitos menos se o encontro faleceu
em mim, cortando o fruto que cresceu
na onda de pensar no amor que vem...
E, andando devagar, ficou, morreu.
Teresina, 21.jun.20200
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*Francisco
Miguel de Moura, poeta brasileiro, desde os primeiros anos, tenho como prova meus mais antigos poemas, digitados, não publicados, começados em Picos e terminados em Teresina, 1964.

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