quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

AS SOMBRAS DO HOLOCAUSTO: – O MAL É INFINITO

Francisco Miguel de Moura
Escritor ( Academia Piauiense de Letras).

Como podem tantos mentir, desinformar, turbar as mentes? Os maus são infinitamente maus. HOLOCAUSTO vem do grego e significa “sacrifício pelo fogo”. Isto faz a gente lembrar os sacrifícios de jornalistas e prisioneiros que os terroristas do Estado Islam estão fazendo, transmitidas pela televisão, sendo que o último foi executado pelo fogo mesmo, foi queimado vivo, naturalmente usando gases. É o cúmulo da crueldade que se faz a um ser humano. Meu Deus, que horror! 

O Holocausto, nunca devemos esquecer, foi o extermínio dos judeus, negros, ciganos, deficientes físicos e mentais, comunistas, homossexuais, mulheres e crianças, levados aos campos de concentração e depois às câmaras de gaz, pelo psicopata Hitler e seus comparsas, para eliminar todas as raças e os homens imperfeitos (perfeito era somente ele e sua raça a grande ironia da História).

Não concordo com os bonzinhos que acham que “PODEMOS DIALOGAR COM OS TERRORISTAS, DEVEMOS DIALOGAR COM ELES”. Foi muito infeliz, pra não dizer vergonhosa, a declaração na ONU, da presidente Dilma, representando o Brasil na ONU, quando achou o meio espetacular de combatê-los: DIALOGAR. Terrorista não dialoga, pois já recebeu a lavagem cerebral pela qual é um direito e um dever - de quem acredita no Alcorão enviesado deles – de matar todos aqueles que não concordam e não trabalham com esse fim. E matar com crueldade, sem piedade nenhuma. A única coisa que os abrandará são os milhões que exigem pelo resgate, não se sabendo se cumprirão o contrato. O mal é infinito, quem é mau por natureza, não muda, ou muda muito pouco. E se a maldade lhe é infundida pelo dogmatismo, não muda mesmo. Os criminosos que temos visto se arrependerem são os que se enganaram a si, entraram um pouco pelo caminho tortuoso e viram que não seria por ali. O caminho do bem é mais fácil. Talvez sim, talvez não. Ninguém sabe por que tantos seguem o mal. Tenho medo dos dogmatismos em qualquer parte e em qualquer sentido. O mundo já viu isso no tempo em que a Igreja Católica e o poder estiveram juntos, na inominável Inquisição.  Foi horrível! Mas o extermínio em massa, no século passado, na Europa, criado, incentivado e promovido pela Alemanha Nazista, à frente Hitler, prometendo aos alemães, um mundo maravilhoso, desde que eliminasse todas as outras raças, é inominável. Bradam os céus. Campos de concentração e de extermínio da Polônia, da Alemanha, em todos os territórios do seu domínio. Alguns escaparam para contar à posterioridade, entre eles Ana Frank, com o seu diário primoroso e tão útil no sentido de avisar e prevenir a perversão, uma hecatombe de 6 milhões judeus e tantas outras, como se os homens fossem nem sei o quê: germens daninhos.

 Neste século não temos o holocausto, mas os holocaustos. Por que acontecem essas guerras entre Israel e Palestina, entre os maometanos de vários matizes, na África entre as tribos sanguinárias, o que acontece nas favelas cariocas e de São Paulo e, de certa forma, em todas as cidades brasileiras de hoje - é comparável a um holocausto a conta-gota, senão em fogueiras que se fecham e pretendem virar fogareu.

As filhas de pais pobres, que vivem abandonadas nas ruas, o que vão fazer? Prostituir-se com os criminosos. Viciados e viciadas em cigarro, maconha e cachaça, que vivem ao leu, ignorantes de pai e mãe, o que vão fazer? Vêm os traficantes e seus enviados, com armas e de dinheiro, “lavam seus cérebros”, com promessas mirabolantes. Aí começam a assaltar lojas, mercados, bancos, residências, cidadãos e cidadãs nas ruas, de noite e de dia, matando e sendo mortos. E os assassinos, e as crianças sem pais e sem escolas, e adultos cada vez mais perambulando pelas ruas, vão fazer o quê? O que é isto? O extermínio continuado de toda uma geração de brasileiros. E é a verdadeira geração perdida no sentido material da palavra. E ainda podemos perguntar com força: o que foi a destruição das Torres Gêmeas (World Trade Center), nos Estados Unidos, senão um massacre, uma destruição em massa da população civil que ali morava e trabalhava?  É o holocausto moderno. 

No Brasil, na Argentina, na Colômbia, na Venezuela, no México, nos Estados Unidos, por serem distantes da Europa, presumimos que os terroristas eslâmicos não estão entre nós, ou poderão estar. Pode ser que sim, pode ser que ainda não, mas nada os impede, senão uma rigorosa fiscalização. Sem preconceito religioso nem de raça ou de outro qualquer, não poderia haver tal perigo. Nós, brasileiros, nós somos uma civilização contra os preconceitos – “formados de três raças tristes” - como disse o poeta (o português, o índio e o negro) – mesmo assim já nos aprontam leis que sugerem que devemos ter preconceito. Isto não é nada bom. As más idéias começam imperceptivelmente. Tomara que eu esteja errado. Na Argentina, de algum tempo para cá, a perseguição à imprensa, demonstra que a ditadora de lá persegue os jornalistas e a liberdade de imprensa, se é que ainda não conseguiu fazer calar a maioria. E um dos primeiros sinais de que alguém ou um grupo, ou país é contra a democracia e as liberdades traduzem-se na perseguição à imprensa e aos jornalistas.

O que se levanta no horizonte da história, neste século é isto: a) De um lado, um mudo que deseja e pratica a liberdade e a democracia, defende os direitos humanos, a partir da vida, da liberdade de ir e vir e da liberdade de expressão, como ter a religião ou a filosofia que quiser, desde que respeite o pensamento alheio. Um mundo aberto, onde a razão e o bom senso imperam, e o bem geral é a grande meta. b) Do outro lado, a religião desviada e mal interpretada por aqueles que só a usam para justificar o mal, na verdade desejam o terror àqueles que não confessam suas ideias. Aí é difícil não confundir a religião com o Estado. O mundo ocidental conseguiu separá-la; parte do mundo oriental, não. Há centenas de coisas invisíveis entre nossa cultura e a deles, tudo separa esses mundos. E não separaria, se houvesse o respeito aos direitos humanos, se procurasse transformar-se em democracias.  

O dilema da democracia diante dos terroristas se resume nisto: Saber como combatê-los, sem tirania, isto é, não fazendo com eles o que eles tentam fazer com a gente.

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