quarta-feira, 1 de maio de 2013

FRANCISCO MIGUEL – POLIVALENTE ESCRITOR NACIONAL

 João Borges Caminha*




Encontrei-o pela primeira vez e seguidamente o conheci na Agência Centro do Banco do Brasil, Rua Álvaro Mendes, nesta Capital, em julho de 1966. Ambos funcionários de carreira dessa magna Instituição; ele admitido (parece-me) no final da década de 50 do século passado, removido de Salvador (BA) e eu da cidade Campo Maior (PI).

Quanto a nossa gênese familiar e telúrica, logo verificamos que temos estreitas correlações, uma vez que o Prof. Chico Miguel nasceu no antigo Jenipapeiro, hoje cidade de Francisco Santos, e eu no lugar Furta-lhe a Volta, do velho povoado Buriti, agora município de Ipiranga do Piauí, os dois pertencentes à Micro-Região de Picos e Meso-Região do Nordeste Piauiense.

Quanto à origem genética, ele diz que pertence ao tronco dos BORGES DE MOURA ou MOURA BORGES; eu, aos BORGES CAMINHA, com certa pertinência com a estirpe de Pero Vaz de Caminha, mas, de tão diversificada, engloba uns e outros como MOURA, MACEDO, MENDES e tantos outros.  Calcule-se o tamanho da linhagem ou estirpe!...

Só não se sabia ainda que CHICO MIGUEL é um personagem polivalente no desempenho de diversas atividades. No vetusto Jenipapeiro foi desde pastor de cabras, jumentos e muares e agricultor a mestre-escola, antes de ser bacharel em Letras, professor e escritor na Capital e por onde esteve.

Admirável, também, é a sua carreira de intelectual e escritor vitorioso, competente, talentoso e perseverante. A duração de suas obras, além de se igualar à de sua longa vida telúrica, continuará eterna na ordem universal.  De estilo simples, porque não rebuscado, preciso, escorreito e criativo. Atrai e conduz o leitor por uma leitura inteligivelmente agradável. Sobre as obras do seu saber, de tão numerosas, não bem a quantidade delas, se 31 livros ou mais. Só se pesquisar muito, a contar de “AREIAS”, em 1966 até “O MENINO QUASE PERDIDO”, de 2009. Só em nossa biblioteca são treze livros autografados. Isto tudo, sem se falar na produção literária que escreveu e publicou nos jornais revistas nacionais (Teresina, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais) e no estrangeiro “Diário dos Açores” (na Ilha do mesmo nome) e “Primeiro de Janeiro”, de Porto, Portugal; “Lea” e “Clarim”, da Espanha; “Poemezia – Notizie”, da Itália: e “Jalons”, na França.

Receba, ó Francisco Miguel de Moura (que é sem favor o Francisco I), os nossos cumprimentos por sua intensa e valorosa produção literária, que, apesar de não ser o atual chefe espiritual da Igreja Católica Romana, é sem favor, o Papa entre os intelectuais, poetas e cultores das letras nacionais. Obrigado, também, pela inserção de Nota da sua eleva cepa, em 7 de setembro d 1996, lançada na contracapa de nossa monografia alcunhada de “UM EXEMPLO ÀS NOVAS GERAÇÕES” e pela publicação de artigo no jornal “O Dia”, de 16.03.2013, na página 6, sobre “IPIRANGA DO PIAUI: RECORDAÇÕES DA CIDADE DO CAMPO”, livro de minha autoria, o qual me deixou deveras envaidecido e lisonjeado.                 

                      (Este artigo publicado no jornal “O DIA”, de 13 de abril de 2013).
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*Joao Borges Caminha, autor deste artigo, é advogado, professor aposentado (UFPI) e historiador, mora em Teresina, PI.

Um comentário:

verinha disse...

Parabens,Mestre Chico Miguel!

Mereces todo nosso respeito e todas as homenagens...
Abraços
veraportella

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