sexta-feira, 13 de julho de 2012

O ÚLTIMO CAPITULO

Meus queridos leitores e leitoras,

Hoje deixo aqui o último capítulo de Duas vidas Dois amores. Essa história dessas duas vidas que me deram meus três grandes amores. Aqui contando a minha história pra vocês, durante um ano e quatro meses passei os momentos mais aproveitáveis da minha vida. Ao contar revivi, ao reviver chorei, ao chorar, até sorri e ao sorrir percebi que essa experiência me fez muito bem. Ter usado as palavras para fazer um resumo da minha biografia me fez refletir no tamanho do poder que tem a escrita. Ela pode até te salvar a vida.

Quem começou  acompanhar este blog do meio pro fim deve simplesmente pensar que eu "me acho". Que eu me acho o fruto proibido do "Jardim do Éden". Já quem acompanhou o blog aleatoriamente, discorda e deve achar que eu estou mais para a serpente do "Jardim do Éden" do que para o fruto proibido. E para quem leu toda a história desde o início, talvez pense que eu "me acho" a própria Árvore da Vida do "Jardim do Éden". Erraram todos, pois nesse Éden eu me acho mesmo é a própria Eva. A Eva mais feliz com meu Adão querido.

Não resisti à tentação do passado e comi com muito gosto o fruto proibido, no que resultou uma semente viva, a qual chamo agora de Michelly, fruto do meu primeiro "pecado". Por causa da minha desobediência conheci o bem e o mal. Elementos necessários para eu continuar a vida com mais sabedoria e permanecer no meu jardim sem precisar ser expulsa por vergonha. Com isso fui tentada a pecar novamente e a Tentação do presente foi mais forte e como o fruto não era mais proibido,  relaxei e acabei ganhando duas sementes: uma já germinada, que se chama Ingrid e a outra que eu e a Tentação tivemos que germinar juntos. Essa se chama Bruna, ela sim, se acha a última maçã do "Jardim do Éden.

Enquanto eu escrevia detalhes da minha vida que somente eu sabia, comecei também a desejar saber o mesmo da vida dos meus pais. Saber dos pedaços de vida valiosíssimos que eles mesmos deixaram se perder no ar e que agora, a idade não permite que eles usem a memória para buscar o que eu gostaria de saber, mas que se eles tivessem escrito, com certeza seria um manual para minha reflexão.

Ter tido coragem e disposição de deixar 95 pedaços de vidas escritos para minhas filhas, foi um suspiro aliviado de um dever cumprido. Não que considero isso uma obrigação, mas sim, uma doce recordação. Não vou botar um ponto final nessa história, pois tenho ainda muito que contar pela frente. Vou colocar uns três pontinhos como sinal de um até breve, pois quem sabe não voltarei com essa história escrita de um modo diferente?! Não sei...

Mas sei que não vou sumir de vez. Eu não conseguiria isso. Aprendi a gostar daqui. Aqui fiz amigos e aprendi que, o que os olhos não vêem o coração também sente. Escreverei esporadicamente o que eu achar importante e  quiser compartilhar com os amigos e família. Obrigada a todos que com paciência me leram, aos que comigo choraram, riram, viajaram e principalmente pelos comentários sempre tão carregados de entusiasmo. Muitas vezes foram eles que me incentivaram a chegar até aqui. Um obrigado especial para as minhas primeiras seguidoras que sempre estiveram presentes no blog. Valeu muito pela força do pontapé inicial, amigas. Também aos que chegaram depois e ficaram. A todos:

                                        MUITO OBRIGADA!
                                                   Iram M.
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* Crônica retirada do "Duas vidas, dois amores", de Iran M. uma brasileira que vive na Europa e compartilha seus escritos com seus amigos e amigas do Brasil. Seu diário se tornou um livro de crônicas gostosas e bem urdidas, cuja leitura é prazerosa. Por essa razão transcrevo aqui o cap. 95, que tem o mesmo título, minha homenagem a ela.

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