Francisco Miguel de Moura*
consumir teus olhos ver de (vale)
de par em par luzindo
contra os meus azuis (de serra)
mistérios longínquos
beber teu oceano de velas
amarradas
brancas
vermelhas
ondas em cio
arrepiando peixes e praias
águas salobras, perigos do rio
ver de novo - que tanto te quero
ver de sempre as enseadas
desse teu mar a dentro
- é amar
na consolação de um homem terra.
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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, mora em Teresina, Piauí
Emaisl:franciscomigueldemoura@superig.com.br
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