DIA
DO ABRAÇO
Francisco
Miguel de Moura*
Hoje, Dia do Abraço, eu, brasileiro,
Fujo à regra e me esqueço do abraço,
Pegando a moda que há no mundo inteiro,
sem liberdade e amor, vou passo a passo.
Por isto, esqueço o Fontes Ibiapina
Daquele abraço seu de “meia-légua”,
Para afirmar, enfim, velha doutrina
De amizade feliz, amor sem trégua.
E é por lembrar a “gripe dezenove”,
Até que alguém me diga (e que me prove)
Que ela não mais existe em seu horror.
Se alguém tenta abraçar-me, fico longe,
Procuro reservar-me qual um monge,
Que abençoa os amigos sem temor.
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Teresina, PI, 22.05.2022.
*Francisco
Miguel de Moura, poeta brasileiro.
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