ANDARILHA
Francisco Miguel de Moura*
Por longes terras, por países
neutros
soube que andavas procurando
abraços,
desejos doidos porque tão
antigos.
Como tão perto estavas dos
meus passos !
Se tu me ouvisses, se me
procurasses
tão te esperando aqui, na
mesma rua,
na mesma noite, sem subir a
escada:
– Esta alma antiga procurando
a tua!...
Voltaste a mesma ! Não? Pelas
estradas,
as almas tontas, tristes,
torturadas
não vão deixar os sofrimentos
seus!...
Oh! Meu proveito é que te
encontro agora!
E antes que partas novamente,
é hora
feliz? inútil? de dizer-te:
Adeus!...
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Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro.
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