CANÇÃO III
Francisco Miguel de Moura*
Nos dias brancos
nada poesia sobre o fundo
para guardar-se eternamente.
Não submerge,
emerge ante uns olhos ou uma boca
que aprontam gestos longos
para não morrer como os vermes
morrem sem fala.
A palavra colore a poesia
como teu olhar fingindo
que sorri.
Poesia, palavra, sorriso...
Meu olhar dorme no teu.
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*Francisco Miguel de Moura, poeta do Brasil.
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