Francisco
Miguel de Moura*
Meus poemas nascem das palavras
que voltam como filhas siameses,
para integrar meu ser inalcançável.
Minhas palavras líquidas conversam,
vêm do livro inscrito no meu ego,
quais crianças que pulam corda e gritam
quando se acordam, tontas! Pesadelos...
Palavras e poemas secas como os rios,
se a chuva não vem, se desconhecem...
Minhas palavras-pingos permanecem
nas plateias, onde surdos se contentam.
Palavras-postas, soltas pra ninguém,
de amor, risos, mágoas, ou engulho,
conversam quais duendes e seus deuses
do Olimpo do hoje e dos de nunca.
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*Francisco Miguel de Moura, poeta
brasileiro, sim senhor.
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