A JOIA RARA –
CANÇÃO
Francisco
Miguel de Moura*
Luz e
sombra dão na mesma cor
dos olhos
e do carinho.
Dizem que
amor não some,
renasce
do lodo, mansinho.
Mas preciso
agora escutá-lo,
não
abandono o que ganhei,
neste
momento, sobretudo,
quando
tentam riscar o passado.
Lábios e
corações, ó, não se fechem,
os olhos
têm a última esperança.
Que reste
sempre um fio de cabelo
no tempo
de cada um, nas entranhas.
Um vintém
de qualquer aventura
para os
que não conseguem
nessa
margem se perder.
Франсиску Мигел ди Моура
ДИКОВИНА (песня)
Из
света и теней один родится цвет –
цвет
наших глаз и ласки. Говорят,
что
нет конца любви: из ила вновь
ей
прорасти дано.
Прислушаться
бы к ней сейчас,
чтоб
то, что накопил, не растерять;
сейчас
и здесь, особенно, когда
пытаются
о прошлом все забыть.
О, не
сжимайтесь, губы и сердца!
В глазах
– последняя надежда: пусть
хоть
волосок останется навек
от
прошлого у каждого из нас.
От
всякой шалости – один лишь грош
для тех,
кто затеряться не спешит
на
рубеже времён.
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Francisco Miguel de Moura, poeta
brasileiro, mora em Teresina-PI
Oleg Andréev Almeida, poeta e tradutor, residente em Brasília – DF, fez
a tradução do poema acima
diretamente do português para o russo.
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