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chico miguel, nos anos 1950 |
Francisco Miguel de Moura*
Duas forças me fazem torvelinho:
A máscula firmeza do homem franco,
E uma espécie de força quase em branco,
Quando a mulher se põe no meu caminho.
Sei que sinto mais força e alegria,
Junto à mulher que está longe da pista
E se acerta um olhar para conquista,
Não avança, nem esconde ou desafia.
Porém, dentro de mim, a ansiedade
Me agarra e se prolonga... Eternidade
Trazendo mil soluços tão profundos
Que nem chorar consigo... E, inconsciente,
Então pergunto a Deus se estou doente,
Ou se alço voos para estranhos mundos.
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*Francisco Miguel de Moura, poeta universal: poeta não tem endereço, viaja no sonho a vida inteira e seu repouso é o mundo da poesia.
Um comentário:
Belo soneto.
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