FRANCISCO MIGUEL
DE MOURA*
(Matéria para o livro da ALVAR)
I -PARTE:
História: Texto do surgimento da ALVAR e dos municípios que congrega.
(Autoria do Presidente Nilvon Batista)
II - BIOGRAFIA DO AUTOR E DA PATARONESSE
AUTOR:
Francisco Miguel de Moura, também conhecido como Chico Miguel, nasceu em Jenipapeiro, (hoje Francisco Santos-PI), em 16/06/1933 e reside em Teresina-PI. Formado em Letras pela UFPI e pós-graduado pela UFBA. Aposentado (Banco do Brasil). Colabora em todos os jornais do Estado; nas revistas “Literatura”, de Brasília, na “Poesia para todos”, do Rio; na “Presença”, de Teresina e em outros jornais e revista do Brasil e do exterior. Membros da Academias Piauiense de Letras, da Academia de Letras da Região de Picos e da Academia de Letras do Vale do Riachão. Obras publicadas: Já vão a mais de 40. Cito as principais em poesia: “Areias”, 1966, “Pedra em Sobressalto”, 1972; “Universo das Águas”, 1979; “Bar Carnaúba”, 1983; “Quinteto em mi(m)”, 1986; “Sonetos da Paixão”, 1988; “Poemas Ou/tonais”, 1991; “Poemas Traduzidos”, 1993; “Poesia in Completa”, 1998/2018 (1ª e 2º edições); Vir@gens, 2001, Sonetos Escolhidos, 2003. Participou da antologia “A Poesia Piauiense do Século XX”, org. por Assis Brasil, e de outras, inclusive no exterior (Estados Unidos, França, Cuba e Portugal). E organizou a antologia “Poemas e Poetas mais Amados”, 2020. Romances: “Os Estigmas” (1984), Ternura” (1993) “Laços de Poder” (1991), e “D. Xicote” (2010). Contos: “Eu e meu Amigo Charles Brown” (1986), “Por que Petrônio não Ganhou o Céu” (1999) e “Rebelião das Almas” (2001). Crônicas: “E a Vida se Fez Crônica” (1996) e “A graça de cada dia” (2009). Ainda em prosa, o memorial “O menino quase perdido” (2009). Crítica literária: “Linguagem e Comunicação em O. G. Rego de Carvalho” (1972/1997), 1ª e 2ª ed. e “A Poesia Social de Castro Alves” (1979). Além destes, na área de história, publicou “Piauí: Terra, História e Literatura” (1980), “Literatura do Piauí”(2001/2013), “Miguel Guarani” (2005) e “Minha História de Picos”( 2017) Críticos que apreciaram suas obras: Fábio Lucas, Nelly Novaes Coelho, Rejane Machado, Paulo Nunes Batista, Moura Lima, Rosa Maria dos Santos, Deolinda Marques, Maria Figueiredo Reis, Olga Savary e Francisco Venceslau dos Santos, entre muitos outros.
PATRONESSE:
Teresinha de Jesus Moura Almeida nasceu em Jenipapeiro (hoje Francisco Santos-PI), em 04/11/1934. Filha de Miguel Borges de Moura e Josefa Maria de Sousa, era casada com Mariano Rodrigues de Almeida, de cujo casamento nasceram 6 (seis) filhos. Lecionou em Rodeador, hoje Sto. Antônio de Lisboa-PI, e em Jenipapeiro, hoje Francisco Santos-PI. Era bastante dedicada à profissão e estimada pela competência e pelo jeito suave e prazeroso de lidar com os alunos. Faleceu em 02/12/1969, em Picos (PI), vítima de uma cirurgia para retirar pedras de sua vesícula.
III - TEXTOS:
O CÉU E A TERRA
“Meus pés
sonham suspensos no abismo”
Roberto Piva
Porque rias, menina?
O universo balançava
quando os céus e
terra te tocaram em cheio.
Ri, eu também,
contigo, pela juventude
interior, por
despachar aqueles dissabores,
que o amor
envelhecido é um vinho amargo.
Surgias, num átimo,
em meu novo caminho,
por isto fiquei
longe, estavas contra mim.
Fiz mil loucuras,
paixões e quis lutar,
e de martelo e foice
cambalhotar no ar.
Não briguei pelas
penas, pendurado e grave,
vergonha de anjo
rebelde e condenado,
mudei asas, cor e
rumo... Quanto abismo!
E te espero no espaço
entre o céu e a terra,
de mãos abertas e
sorrisos sem dentes,
pra reviver o amor
duma era esmaecida.
AMOR, SEMPRE AMOR (1)
(para Maria. M. A. Moura)
Eras tu a mais linda
da cidade.
E eu cheguei, um
matuto impertinente,
apelidado até de
inteligente
por colegas, amigos
na verdade.
Teus sorrisos me
enchiam de vaidade
e àqueles que te
tinham de inocente,
e a mim me
enfeitiçaram de repente,
como ninguém calcula.
Ninguém há de
saber o que lutei
para ganhar-te,
para querer-me ali, e
em qualquer parte,
e, enfim, nos
enlaçarmos com ardor.
Fogo em que
conservamos, te asseguro,
a minha felicidade e
o teu futuro
para viver tão puro e santo amor.
AMOR, SEMPRE AMOR (II)
(para Maria. M. A. Moura)
Mudam-se tempos,
vidas e pesares,
mas, como outrora, a
amar continuaremos.
Amo-te mais, não queiras
nem saber,
amas-me mais, agora é
como sempre.
Se outrora caminhamos
de mãos dadas,
era o medo do mundo e
suas garras.
Já hoje nos soltamos
pra andar juntos,
pra mais amar, que o
nosso amor se aclara.
Teu corpo de menina e
de mulher
que tanto outrora já
me deu ciúmes,
hoje é prazer e graça
como nunca.
Sendo eu feio,
invulgar, e tu, tão bela,
formamos lindo par
por toda a vida
e abraçaremos outras se inda houver.