AMARANTE
Amar/ante, amar hoje, amar
depois,
Antiamar-te, jamais – é
amargante.
Porque Deus, que é amor, de
amor compôs
o que foste e serás, bela
Amarante.
A terra e os céus instigam
teu amante
a viver longe e em solidão
feroz,
num turbilhão de imagens por
instante:
- o “Velho Monge”, o vento, o
boi, a voz.
Glória a ti, ao poeta e ao
seu encanto
terno-eterno, na carne e na
saudade,
qual mármore de dor e do seu
pranto.
Que o sentimento resplandeça
em nós
e soe na serra azul desta
verdade:
- Amar ante, amar hoje, amar
depois.
Francisco
Miguel de Moura
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