SER OU NÃO SER?
Francisco Miguel de Moura*
Hoje como ontem, como nunca,
misturo a pureza à impureza
e me consumo no meu ser,
um ser em plasma de ilusão:
- Entre o tempo e a eternidade,
como o vento em seus caminhos
de nuvem, de fumaça a desfazer-se
em segundos de vida, sem razão.
O ser é uma luz em extinção,
pois o amor transforma e se biparte
e em parte desigual como fração.
Quem chegar ao que é o vivo ser,
grite alto: Aqui estou! É salvação.
Onde? Eu não sei de alguém que sabe
da vulnerabilidade do existir.
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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro.
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