POETA FUI
Francisco Miguel de Moura*
Poeta fui, e fui desde os
primeiros
Anos, até saber-me um
sonhador;
Na minha adolescência, tanto
ardor
Aproveitei em versos
prazenteiros.
Poeta fui, explorei as
sutilezas
Nas palavras, nas coisas, sem
temor
De errar a rima, o metro, e
sem fragor,
Da mulher desfrutei tantas
surpresas.
Poeta fui, do namoro ao
casamento,
Desde o primeiro ao último
rebento,
Até gostei dos meus sessenta
anos.
Mas duro é ser poeta dos
setenta,
Quando osso quebra e vaso se
arrebenta,
Sem se queixar das dores,
desenganos.
(Nota: Aqui
termino a edição de 10 sonetos
do meu livro inédito
“Itinerário de Passar a tarde”.
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*Francisco Miguel de
Moura, poeta brasileiro.
Todos que li, são belíssimos sonetos.
ResponderExcluirObrigado, amigo
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