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sexta-feira, 14 de novembro de 2025

 


JURACI – SONETO

              Francisco Miguel de Moura*

 

Juraste a mim? A ti?... Sonhar errei,

num espaço de tempo tão pequeno,

pois que eu pisava simples, num terreno,

onde teu pai, somente, era o teu rei.

 

Na manhã calma, eu era o professor,

havia outros alunos, tão presentes,

que tudo viram, não como inocentes,

brilhar um raio forte... Era do amor...

 

Num minuto, tremeu o que era mão,

preparando, o que em nós, seria são!...

Manhã de sol... Um belo acontecer!

 

Mas, de repente, param... Como não!?

Abriu-se, em mim, no pobre coração

A cicatriz do que não pôde ser pôde ser

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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro.

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