A
MEU IPÊ
(No dia seguinte)
Francisco
Miguel de Moura*
Dia seguinte, ainda contristado,
Abro a janela e vejo logo, o quê?
Todo enfolhado e verde o meu ipê.
Foi milagre, senti-me aliviado.
É uma lição de vida... Como não?
Vamos rimando tudo que nos cabe.
Nada de nada, a gente nunca sabe.
As esperanças nunca morrerão.
Eu junto ao meu ipê, inda esperamos
Que outros setembros venham com seus ramos
E as flores renascendo, sem temor.
Que o tempo passa. E a vida, enquanto temos,
Que sempre e sempre, a natureza amemos
Para a fiel consagração do amor.
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OBS.: Para entender bem este soneto é bom ler, um outro,
anterior, com o título de "Meu Triste Ipê"
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*Francisco
Miguel de Moura, poeta brasileiro.
Muito bom , estou esperando o Ipê daqui também florir
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