O FIM DO AMOR
Francisco Miguel de Moura*
Tantas luzes outrora nas
ribaltas,
Tantas provocações, desejos
tantos!
Rolam soltos enganos e
vaidades,
Perdidas emoções a cada
instante.
Mais do que isto, Amor caiu
doente,
Vitimado por séculos de
orgias.
Se a festa da Amizade se
traiu,
Veio do Amor, contaminado e
triste.
Resta angústia, agonia... O
que mais resta?
Resta que o mundo é mau e sem
piedade,
E a ferrugem corrói tudo o
que importa.
Escapa mal a vida, em via
estreita,
O Amor sem amor morreu
faminto,
Anêmico, infeliz, com a boca
torta.
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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro
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