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terça-feira, 2 de julho de 2024

 



A GELEIA GERAL GELOU

      Francisco Miguel de Moura*      

E como ficou chato ser moderno  /  Agora serei eterno”  

                                                             Drummond


A geleia geral gelou,

Congestinada de imagens "tevesivas",

Surda, fechou os olhos

À luminosidade e ao perigo.

 

O tempo está frio, amor!...

Oh! Não ouço o que dizes!

 

Só os poetas do fogo celeste

De letras e sons invisíveis

Ainda se entendem em seus fusíveis.

 

A música sumiu em ruídos

Mas a letra e o som do poeta

Ainda vivem

Doloridos.

 

E rolarão por muitos séculos.

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*Francisco Miguel de Moura, Poeta, mais de 30 livros publicado, elogiado por Carlos Drummond de Andrade. Traduzido em França, Espanha e Estados Unidos, e agora também na Itália. Mora em Teresina-PI, Brasil.

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2 comentários:

  1. Estimado FMM,
    Que prazer poético é ler mais um texto parido, assim, da lucidez destes dias digitais, por suas letras celestiais.
    Evohe FMM!!!

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  2. As imagens prontas estão suprimindo a criatividade!

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