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terça-feira, 14 de novembro de 2023

 

(M)EU, POEMA

   Francisco Miguel de Moura

                     

Sou eu e meu silêncio,

na paisagem que desfaço,

porque sou cativo

de mim, sem disfarce.

E não me apresso

de lançar ao léu

uma inspiração

de nenhum céu.              

 

Faço o poema que pos(suo)

e ofereço a quem tras/passa

lágrimas, suor e sangue.

 

Meu silêncio guarda a sede

e o sal

que transpiram os homens

na feira de seus cacos.

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Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro.

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