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quarta-feira, 26 de julho de 2023

 


CONFITEOR

 (Última versão)

              Francisco Miguel de Moura

 

De nada do que fiz eu me arrependo:

de ter amado até quem não me amava,

de ter dito isto e aquilo que eu entendo,

de ter ganhado o pouco que eu ganhava.

 

Da rotina bancária, eu me fartava,

só pensando comigo o que eu fazia...

Quanto papel e tinta que eu gastava,

para o lixo, depois. E a poesia?!...

 

De nada que antes fiz peço perdão

e, pro futuro, eu peço ao coração,

sossego e amor... Do resto eu me defendo.

 

Só dos pecados feitos, tão diversos,

eu peço a Deus perdão e me arrependo...

Não me arrependo é de ter feito versos.

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*Veja “Poesia (in) Completa”, para retificar – pg. 299

 

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